22.9.20

05.09.20 Viagem Serra da Canastra (sul de minas)

Link das fotos: Cique aqui

Preparativos

Este foi um ano atípico para planejar uma viagem por causa do COVID. Alguns meses antes achava que o pior já teria passado em Setembro e poderiamos ir sem problemas, mas não foi isso o que aconteceu. Havia ainda parques fechados e notícias de cidades fechadas por meses. 

Por conta disso decidimos andar na serra da Bocaina onde era permitido, principalemente na Serra da Babilônia. Iríamos eu e Isidoro e depois o Jorge e Emerson e Luis Natan confirmaram a ida (Luis Natan como apoio)

Embarquei no ônibus em Campinas junto com o Isidoto até Franca as 20h do dia 05/Set e chegamos em Franca 1:30h. Ficaos hospedados no hotel São Diogo na frente da rodoviária.

Resumo 

Ter a oportunidade de viajar em bicicleta é sempre bom. No planejamento incluimos cidades com atrativos como a Serra da Babilônia, Capitólio, São Tome das Letras, Aiuruoca e algumas cidades na Serra da Mantiqueira. Porem por causa da Covid, encontramos toda a sorte de restrições impostas pelas cidades: São Tome das Letras não permitia a entrada de ninguem; Aiuruoca estava sem hospedagem autorizadas; em outras não era permitido talheres de metal, cardápio impresso, toalha de mesa e fizemos algumas alterações no caminho.



No meu caso foram mais de 758 quilômetros em 14 dias passando por Franca/SP, Ibiraci/MG, Delfinópolis, São João Batista do Gloria, Capitólio, Guapé, Ilicínea, Boa Espernça, Coqueiral, Três Pontas, Varginha, Três Coraçôes, Conceição do Rio Verde, Caxambu, Pouso Alto, Itamonte, Engenheiro Passos/RJ, Queluz/SP, Lavrinhas, Cruzeiro, Canas, Lorena e Guaratingueta. 

O caminho foi fisicamente dificil na Serra da Babilônia. 

O clima estava quente e seco, não choveu nenhum dia. Para refrescar entramos em alguns riachos e na cachoeira da Filo em Capitólio. 

A comida mineira nos restaurantes da D. Sol no bairro de São José do Barreiro e da pousada Serra Branca, ambos na região da Canastra estavam muito saborosas. 

Na região da Canastra contamos com Luis Natan no carro de apoio que levava nossa bagagem. Nesses três dias e cinco noites o Jorge e o Emerson pedalaram com a gente.  

Depois de São João Batista do Gloria eu e o Isidoro continuamos. Atravessamos o sul de minas e chegamos na divisa com o Rio de Janeiro na garganta do Registro. Entramos em São Paulo por Queluz e eu terminei a viagem em Guaratinguetá onde voltei para Campinas em ônibus. Isidoro terminou em Pinda.

Distância total: 758 Km

Tempo: 14 dias

Participantes: Eu, Isidoro, Jorge, Emerson e Natan (apoio)


Dia 1: Franca - Camping Paulo

Este dia não tinha ideia de onde iríamos dormir pois já imaginava que pedalar mais de 100km até Definópolis seria improvável.  


O pedal foi todo em asfalto e no final do dia chegaríamos na serra da Canastra e teríamos que encontrar um lugar para dormir.


Almoçamos na cidade de Ibiraci-MG e tocamos para frente. Depois passamos no povoado da Laje e com a informção de um possível local para acampar, compramos alguns mantimentos e continuamos. 

Passamos sobre o rio Grande na frente da barragem de Furnas. Montanhas ladeando o rio esverdeado muito bonito.  

Pouco depois chegamos no restaurante do Paulo que oferecia pontos de camping. Montei a barraca e depois conversamos com os funcionários do restaurante que disponibilizaram um fogão a lenha para fazer a janta: macarrão com sardinha.


Hospedagem: Camping do Paulo a R$ 10,00

Distância: 71,8 Km


Dia 2: Camping Paulo - Delfinópolis

Já sabia que o começo seria de alguns quilometros subindo em estrada de terra: no dia anterior já era possível ver o corte que a estrada fazia na montanha. Mais de uma hora depois chegamos no topo onde dava para ver a barragem e o rio.


O dia estava quente e por conta do feriado muitos carros e jipes passam pela gente levantando poeira e acabei usando a mascara para não respirar tanto pó.



Em alguns trechos a estrada quase encostava nas águas da represa e vimos bastante gente aproveitando para nadar. Encontramos alguns lugares para nos refrescar também.


Chegamos no fim da tarde em Delfinópolis e encontramos o pessoal de Campinas esperando a gente. A cidade estava cheia de turistas e não encontrávamos hospedagem. Cogitamos ir para a serra para procurar um camping ou lugar para acampar mas conseguiram uma senhora que disponibilizaria um quarto bem simples por R$30. 

Hospedagem: Casa D.?? a R$ 30,00

Distância: 50,4 Km


Dia 3: Delfinópolis - Pousada Serra Branca

O destino do dia seria a pousada da Vanda e feríamos o caminho oposto que fizemos em 2012. 


Passamos por uma portaria do parque que estava inacessível, depois pela subida que leva a catedral de pedra com afloramento de rocha bem diferente. Depois passamos por um trecho com muita areia e nesse ponto vi alguns pontos possíveis de acampamento.


A Serra da Babilônia são várias linhas de montanha próximas e a estrada vai passando por elas deixando o caminho mais bonito e mais dificil. 


A face voltada para a Serra da Canastra foi bastante queimada e a fumaça com o ar seco dessa época deixava o ceu acinzentado.


Chegamos 16h na pousada Serra Branca, pouco antes da Vanda e acabamos ficando ali pois a Vanda não estava aberta. Foi cobrado R$90/pessoa com meia pensão.

Mais tarde a pousada ofeceu uma janta mineira em fogão a lenha muito saborosa.


Hospedagem: Pousada Serra Branca: R$ 90,00 (janta e café)

Distância: 43,4 Km


Dia 4: Pousada Serra Branca - B. São Jose do Barreiro

A pousada fica num vale então de início temos a subida da serra Branca. Logo no começo da subida o cubo traseiro da bicicleta do Isidoro quebrou. Assim que percebemos que seria preciso uma bicicletaria, colocamos no bagageiro do apoio e continuamos.


Passamos pelo Chapadãozinho e o restaurante estava fechado e soubemos que abriria em outubro.



A seguir for uma sequencia de subidas e descidas sob sol forte e no caminho conseguimos um riacho de água limpa para refrescar. Mais tarde uma lanchonete que fazia pão de queijo recheado com pernil desfiado.


Pouco antes a corrente da bicicleta do Jorge quebrou e ele, Isidoro e o Natan sairam para buscar uma bicicletaria em São Roque. Enquanto isso eu e o Emerson chegamos na cidade e começamos a procurar hospedagem. 


Verificamos várias pousadas e parecia que o pessoal não fazia questão de nos alugar pois o recem terminado feriado foi movimentado ali. Finalmente conseguimos a pousada Amanhecer na Canastra e aguardamos a volta do pessoal. 


Hospedagem: Pousada Amanhecer na Canastra R$ 70,00 (café)

Distância: 31,9 Km


Dia 5: B. São Jose do Barreiro - São João Batista do Gloria

Essa perna a gente não tinha feito na primeira viagem e tampouco estava no meu planejamento: foi o Jorge quem sugeriu pois precisavam chegar em uma cidade proximo de alguma rodovia para voltarem para Campinas. Ele já havia passado ali de carro e sabia o caminho.


Pela manhã o Isidoro e Natan foram de carro buscar a bicicleta enquanto a gente começou a pedalar.


O dia estava quente novamente porém encontramos mais sombra pelo caminho enquando a gente passava por algumas fazendas pelo caminho.


Depois de uns 10 quilômetros o apoio nos encontrou e juntamos todos. 

Subimos uma montanha e passamos a andar por cima um bom trecho até que no topo vimos uma grande plantação de milho prevendo a descida. 

Já na parte baixa, percebendo que não chegariamos na cidade, cogitamos acampar em uma faixa de árvores ao lado de um riacho mas desistimos e pelo calor e cansaço colocamos as bicicletas no carro e continuamos para a cidade do Gloria e terminamos o dia.

Hospedagem: Pouso Mineiro R$ 60,00 (café)

Distância: 33,0 Km 


Dia 6: São João Batista do Gloria - Capitólio

Pela manhã o Natan, Jorge e Emerson terminaram a aventura deles e foram embora para Campinas. 


Para ganhar um tempo, decidimos ir a Capitólio por asfalto. Tivemos certa pressa e não nos atentamos a comida e água imaginando que conseguiríamos no caminho. 


O dia ficou quente e a água acabando rápido e no caminho encontramos a cachoeira da Filo onde se paga R$10 para entrar. Refrescado e com agua seguimos.


Depois a água foi acabando novamente até que achamos um restaurante onde comemos um salgado e compramos um pouco de água (R$6 por 500ml) e colocamos as esperanças no restaurante onde saem os barcos para os passeios.

 A parte dos barcos estava vazia e pareceia não ter passeios enquanto o restaurante estava lotado. Resolvemos tentar mais para frente mas as distancias para um mineiro são diferentes e demorou para achar outra lanchonete. Cheguei cansado com fome e sede.

Saciado, foi mais fácil chegar em Capitólio onde achamos o hostel Casarão. Lugar bem agradável para descansar.  

Hospedagem: Hostel Casarão R$ 60 

Distância: 65,4 Km


Dia 7: Capitólio - Ilicínia

Deixamos Capitólio seguindo para Guapé por uma estrada de terra que ia subindo aos poucos mas por vários quilômetros. 


Depois a descida vem de uma vez chegando perto da represa onde se pega a balsa sobre as águas da represa. 


Depois de almoçar na cidade continuamos por asfalto até Ilicínea. Aqui começavam as plantações de café que vimos por muitas cidades do sul de minas. 


Disse para a dona da pousada que estavamos indo para Aparecida. Daí descobri que ela e outras pessoas da cidade caminhavam os 400 quilômetros para lá todo ano no mês de agosto. São 11 dias contando com um apoio que prepara as refeições e barracas no fim do dia. Sei que várias cidades do sul de Minas fazem isso mas essa a distância é bem longa.

Hospedagem: Hotel Pimenta R$ 40

Distância: 60,9 Km


Dia 8: Ilicínea - Coqueiral

O caminho para Coqueiral era por asfalto até a cidade de Boa Esperança e depois por estrada de terra.


O cenário era dominado por plantações de café e pelo que conversamos com algumas pessoas da vila de Água Verde, era bastante mecanizada. 


Até Boa Esperança foi tranquilo e a cidade é muito bonita por conta do aproveitamento das margens da represa de furnas. Ficou uma cidade turistica por conta da orla com muitas árvores, calçadas largas, comércio em volta e uma praia.


Já na estrada para Coqueiral encontramos vários ciclistas. Encontramos também em várias cidades do sul de Minas. 

Esta era uma cidade com muitas restrições por causa da Covid. Horários do comércio alterados, pousadas não podem servir café. Sei lá, deve ter estudos cientificos dizendo que tomar café na padaria e não no hotel é bem mais seguro.

Hospedagem: Hotel Flórida R$ 45 

Distância 59,1 Km


Dia 9: Coqueiral - Varginha

A cidade mais restrita de todas era São Tome das Letras. Descobrimos que não permitia a entrada de ninguém de fora. Assim mudamos o trajeto para desviar dela.


Seguimos por estrada de terra muito agradável, ladeada por árvores fazendo sombra. Era mantida por algumas fazendas de café no caminho para Três Pontas. 

Continuamos para Varginha por asfalto que foi bem tranquilo. Conseguimos um bom hotel por R$50/ pessoa. 

Depois janta e fotos com discos voadores e ETs

Hospedagem: Hotel Fenícia R$ 50 (café)

Distância: 61,9 Km


Dia 10: Varginha - Três Corações

Acordei com o estomago ruim mas a principio não parecia ser problema. Durante o pedal que era por asfalto até Três Corações comecei e ter uma falta de energia. Os sintomas não passaram disso mas estava mais sofrível pedalar. 



Na cidade o Isidoro resolvou procurar uma bicicletaria para consertar a câmera de ar. Depois de gastar um tempo procurando alguem que fizesse o serviço na hora, alguns minutos depois o pneu estava vazio novamente. Ele fez o remendo mas gastou outro bom tempo nisso.

Com isso reslvemos ficar na cidade e nos hospedamos no hotel Calabresa.

Hospedagem: Hotel Calabresa R$ 50 (café)

Distância: 33,4 Km


Dia 11: Três Corações - Caxambu

Ja estava melhor então saimos mais cedo. A ideia era passar por Conceição do Rio Verde por estrada de terra e depois continuar por asfalto até Caxambu.

O caminho seguia o rio Verde e um ponto legal era que o rio em certo ponto atravessava uma linha de montanha formando um canion com a estrada ao lado.

Almoçamos em Conceição e continuamos por asfalto para o bairro Águas de Contendas a depois chegamos na BR383 que estava movimentada. Felizmente já estavamos perto de Caxambu.

Conseguimos o Hotel Lopes por um bom preço.

Andando pela cidade a noite notamos que estava bastante vazia.  

Hospedagem: Hotel Lopes R$ 64 (café)

Distância: 67,4 Km


Dia 12: Caxambu - Itamonte

O caminho foi feito pelo asfalto da BR354 até Pouso Alto e depois seguimos para Itamonte. 


Ainda tinhamos a ideia de pedalar no dia seguinte para o bairro da Fragária, mas o preço mais alto das pousadas junto com o cansaço de fim de viagem fizeram a gente mudar o roteiro.


Hospedagem: Hotel Nossa Senhora de Fátima R$ 50

Distância: 52,2 Km


Dia 13: Itamonte - Cruzeiro

Rumamos por asfalto para a garganta do registro onde há a entrada para o parque de Itatiaia.

 


A subida foi longa e por conta das pernas cansadas gastamos 4h para subi-la. Fizemos um bom descanso nas barracas que ficam no topo comendo pastel e queijos.



A descida até Engenhiro Passos foi muito boa mas conforme a gente descia o calor aumentava.

Daí pedalamos 20km na Dutra até a entrada de Lavrinhas onde tentamos hospedagem mas nos indicaram andar mais um pouco até Cruzeiro.

Ficamos no  Hotel Brasil bem no centro. Deixamos a janela aberta e em enxame de pernilongos entraram. Pela manhã que vimos os estragos: pés e mãos coçando e onde se esbarrava saiam muitos insetos.

Hospedagem: Hotel Brasil R$ 60 (café)

Distância: 79,6 Km 


Dia 14: Cruzeiro - Guaratinguetá

Último dia de viagem seguindo uma paralala da Dutra onde passa a estrada Real, boa parte por ciclovias. Passamos por Canas, Lorena e depois Guara.

As paradas eram para comprar água e tomar um sorvete. 

Fiquei em Guará para tomar o ônibus para Campinas enquanto o Isidoro foi para Pinda.

Hospedagem: -

Distancia: 51,5 Km


Custo

Onibus: 164

Hospedagem: 729

Alimentação: 463

Entradas: 10

Bicicleta: 0





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