3.1.16

05.09.15 - Estrada da Petrobras e Litoral Norte - SP

Neste feriado da Independência e Nossa Sra do Bom Sucesso (municipal) decidimos fazer uma pequena viagem. Tínhamos o desejo de andar pela estrada da Petrobras que liga Salesópolis a Caragua / São Sebastião.




A ideia era viajar de ônibus para São Jose dos Campos e pedalar até Salesópolis. No dia seguinte fazer a estrada da Petrobrás e pousar em Caragua. Depois ir até Ubatuba e finalmente voltar para Pinda pela rodovia Oswaldo Cruz.

Não era um roteiro fácil, mas com os imprevistos, tornou-se uma aventura.

Dia 1: Pinda - Natividade da Serra


O ônibus estava agendado para 8:30h para São Jose. Já na hora de embarcar descobrimos que o bagageiro do veículo era muito pequeno: não cabia ao menos uma bicicleta.

A fase da negação durou alguns minutos e quando chegou a aceitação decidimos realizar o plano B (elaborado na hora). Quilometragem pra cá, atalho pra lá, resolvemos ir de bicicleta até Paraibuna e chegar na estrada da Petrobrás pela rodovia Tamoios.

Começamos o pedal seguindo para Taubaté pela estrada velha. Continuamos paralelos com a rodovia Pres. Dutra até entrar na rodovia Oswaldo Cruz, sentido Ubatuba.

O tempo estava nublado e agradável mas pegamos vento contra no caminho. A gente nem sabia que ia pegar muita chuva nos dias seguintes.


Andamos aproximadamente 20 quilômetros até entrarmos na estrada para Redenção da Serra, SP-121. Este trecho tem uma serra pra subir além de cerca de 20 quilômetros até a cidade. Chegamos em Redenção por volta das 13h e observamos a represa com nível de água muito baixo (da ponte não se vê água da represa).

Almoçamos no restaurante Paraiso, na entrada da cidade e com comida muito boa. Continuamos pelo asfalto sentido Natividade da Serra. Depois da ponte sobre a represa e divisa entre as cidades, deixamos o asfalto para enveredarmos na estrada para Paraibuna.

Neste trecho nunca havíamos andado e logo tivemos um frio na barriga: uma cancela na frente de uma casa com dizeres de proibido pessoas estranhas. Felizmente permitiram nossa passagem.


Por causa da estrada serpenteando a represa e as subidas e descidas constantes, percebemos que íamos chegar a noite. De fato chegamos na balsa para Paraibuna as 19h e tivemos sorte de esperar apenas 5 minutos para a balsa chegar.

Chegamos depois das 20h em Paraibuna e encontramos um quarto triplo no hotel Santinho por R$50/pessoa.


Dia 2: Natividade da Serra - Caraguatatuba (via estrada Petrobras)

Antes de deixar a cidade compramos comida na feira para o caminho. Chegamos na rodovia Tamoios e seguimos sentido Caraguá.


O tempo estava feio, chovendo eventualmente e com muito vento contra. Demoramos um pouco mas chegamos na estrada que vai para Salesópolis depois de andar 20 quilômetros.

Não tinha este trecho como tracklog mas como mapa de fundo, portanto fica uma surpresa saber se o caminho era uma estrada mesmo. Chegamos no bairro do Cedro onde fizemos um lanche e descansamos. Já era quase 12h.

Continuamos por mais dois quilômetros até entrarmos numa estrada de terra que cortava caminho para a estrada da Petrobras. Não tivemos muitas dificuldades de navegação até que a estrada acabava numa casa. Vi que havíamos passado da entrada. O caminho correto ficava escondida e foi bem difícil: uma subida muito íngreme e escorregadia.

Depois de muita subida e um bom tempo chegamos na tal estrada de manutenção da Petrobras. Ela vai seguindo duas linhas de combustível entre São Sebastião e Guararema. Continuamos subindo um bocado até que chegamos. A parte mais alta chega a 1230m de altitude onde intercalam descidas e subidas. São mais descidas, mas não conseguíamos fazer o caminho render.


 A estrada tinha demarcações de quilometragens percebemos que faltavam mais de 30 quilômetros e já era mais de 17h. Já estávamos acostumando com a ideia de andar a noite, quando encontramos algumas casas na beira da estrada. Eram casas de funcionários de uma estação de bombeamento da Petrobras. Conversamos com o pessoal para nos ceder um abrigo para passar a noite e conseguimos.

Todos nós levamos sacos de dormir imaginando a dificuldade de encontrar pousos no litoral. Utilizamos para dormir em um desses abrigos.

Tive uma dificuldade para dormir por causa do chão duro, mas não passei frio. O dia sem banho também não incomodou.


Dia 3: Abrigo Petrobras - Caraguá - Ubatuba

Deixamos o lugar imaginando os longos quilômetros de descida e chegada triunfante em Caraguá, mas a vida é uma caixinha de surpresas.

O dia começou com muitas nuvens de chuva mas não chovia e a estrada estava mais difícil que a gente imaginava: eram inúmeras subidas e descidas. As horas passando e não chegava a descida derradeira.

Finalmente chegamos em um asfalto vicinal da cidade aliviados. Continuamos por uma plantação de cacau até que chegamos na rodovia Rio-Santos. Almoçamos e continuamos pela ciclovia até atravessar a cidade.

Pouco antes de chegar na rodovia novamente, começou a chover mais forte. A rodovia estava cheia de carros, consequência do retorno do feriado e quase todos no sentido Ubatuba  - Caragua.

Os quilômetros passavam e a fila de carros não terminava. Paramos para descansar na divisa das cidades e algumas vezes nos morros já em Ubatuba e nada da fila cessar.

Muitos nos perguntavam se havia acidente e até onde ia a fila de carros. Dizíamos que não havia acidentes e que a fila ia até Caragua, ou seja 20, 30 quilômetros de carro.

Chegamos em Ubatuba pouco  depois das 18h, e conseguimos a pousada Sem Miséria no Itaguá por R$40/pessoa num quarto triplo.

Dia 4: Ubatuba - Pinda

Nossa saída atrasou por causa de uma chuva forte. Por isso tomamos o café bem devagar e esperamos a chuva passar. Começamos o pedal sentido a temida serra de Ubatuba.

As ciclovias da cidade nos levaram até o pé da serra. Inicialmente é tranquilo pois os "cotovelos" ficam do meio para o final da serra. Deu para fazer quase toda subida pedalando, exceto esses cotovelos. A bicicleta quer empinar e o canto é cheio de limbo.

Apesar de não haver congestionamentos na serra, toda hora passavam carros pela gente. Bom que não passam caminhões e passou apenas 1 ônibus.

Comemos no bar que fica no topo da serra, enquanto ventava bastante e fazia frio. De volta no pedal, seguiu-se subidas e descidas sob chuva, até que finalmente chegamos em São Luiz, onde decidimos voltar de ônibus para Taubaté.

Quando chegamos em Taubaté, estava caindo o mundo em forma de água. Pra ajudar a rodoviária estava em reforma e tivemos que tirar as bicicletas na chuva. A Le e a Rosa nos buscaram de carro.










2 comentários:

Francielly disse...

Alessandro, eu sou do Jornal Tribuna do Norte de Pindamonhangaba e achei interessante suas postagens, seria possível entrar em contato comigo? O telefone do Jornal é 3644-2077 de segunda à sexta das 8h ao meio dia, ou pelo email fraan.godoi@hotmail.com, não achei um email aqui que eu pudesse falar com você. Fico no aguardo, obrigada.

Eliel Bragatti disse...

Olá, moro em Atibaia e tenho um local fantástico para acampamento em Salesópolis, Natureza total... quero fazer uma pedalada de Atibaia Salesópolis Atibaia ou só de ida e voltar de van, aí depende de como organizarmos... estou aberto a parcerias, entre em contato comigo, para conversarmos a respeito?
Abraço,
Eliel.

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