30.3.08

Bike: Caminho Mantiqueira #1

Dia 1: São Bento do Sapucai - Gonçalves


Aproveitando o final de semana livre e a previsão de sol, combinação improvável ultimamente, resolvi fazer uma viagem de bicicleta de dois dias. Queria passar por duas cidades do sul de minas tendo como base São Bento do Sapucaí, na divisa. As cidades eram Gonçalves e Paraisópolis, vizinhas entre si.


Apesar da proximidade das cidades, o percurso não seria nada fácil, pois Gonçalves é uma cidade com altitude de 1300m, enquanto São Bento tem 900m. Além disso esse trecho incluia pontos de mais de 1500m. O dia prometia ser cansativo, e foi.

Cheguei na rodoviária de São Bento oito horas da manhã do sabado, e logo fui pela estrada que seguia no sentido oposto da pedra do baú, chamada estrada do Serrano. Os primeiros quilômetros eram planos e agradáveis, mas percebia uma grande montanha me cercando, era a Serra da Balança. Na base da montanha não havia escolha senão subir, mas fiquei feliz por ser recebido por uma bela cachoeira.

A subida era forte e a estrada ficou ruim, onde um veículo 4x4 teria dificuldades para passar. Nesse trecho a estrada passava dentro da floresta com muitas nascentes.

Vencida a subida, fui presentiado com a bela vista de um vale. Nesse ponto encontrei com trilheiros de motos que almoçariam num restaurante há dois quilometros dali, na D. Vilma. Eram 12h e fome já conversava comigo. Esse restaurante foi providencial, pois no centro de Gonçalves não acharia nada melhor. A comida estava excelente, bem como o doce de leite com amendoim, acompanhado de queijo de minas.

Segui então para o centro da cidade, que não estava longe e depois descer para Paraisópolis. Porém o destino mudou ssa história, incluindo um tombo numa descida íngrime, ralando joelho, cotovelo, coxa e ombros. Tudo isso por causa do freio mal colocado por mim mesmo. Conclusão: consertei o freio peguei um atalho por asfalto para São Bento, pois já havia perdido muito tempo.

Depois da queda perdi o entusiasmo, somando ao fato da cidade estar vazia, voltei logo. Na descida da serra era impossível não perceber a pedra do Cruzeiro.

Maciço rochoso que emerge isolado no vale do Lambari. Assume formas variadas conforme o ângulo de visão. O topo está a 1152 metros de altitude onde há uma pequena capela e uma cruz. Em uma das faces há uma fenda que leva a uma gruta, de difícl acesso. Nos meses de frio cenário torna-se onírico, a pedra transforma-se numa ilha em meio a um imenso mar de nuvens.
Acesso: Estrada que liga Gonçalves ao bairro Atrás da Pedra, após o bairro, segue-se por mais 500 metros, entrando a direita na porteira que dá acesso ao bananal. A estradinha interna sobe por cerca de 300 metros, terminando numa trilha que leva ao topo.

[Fonte: www.goncalvestur.com.br]

Fiquei na pousada do caminho do Frei Galvão e conheci o Zingra, que não estava da primeira vez que estive lá. Apesar da queda e do cansaço, o percurso é muito bonito.

Dificuldade física: 4 (1-5)
Tempo: Sol
Temperatura: fresco, uns 25 oC
Piso: 50% terra, 50% asfalto
Disposição: 2 (1-5), enjôo do ônibus e sono.
Duração: 8,5h
Distância: 50km

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